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sem medo de errar
A fim de esclarecer para a equipe o motivo de seu pedido, você deve explicar que o anticorpo IgM é sempre o primeiro a ser secretado durante uma resposta imunológica primária. No decorrer da resposta, o linfócito B pode mudar o tipo de anticorpo produzido para um que melhor se adapte ao desafio. Para tanto, é necessário que receba o auxílio do linfócito T CD4+ efetor. A interação entre ambos os linfócitos leva não apenas à mudança de isotipo como também é necessária para a indução da proliferação dos linfócitos B, para melhorias na afinidade do anticorpo produzido, diferenciação em plasmócitos e geração de linfócitos B de memória. Durante essa interação, além do reconhecimento do complexo peptídeo-MHC pelo TCR, é necessária a coestimulação de ambas as células, resultado da ligação entre CD40 do linfócito B e seu agonista CD40L, expresso pelo T CD4+ efetor. Logo, a baixa concentração de CD40L nos linfócitos T ativados poderia estar relacionada à predominância de IgM no soro do paciente e baixa concentração dos demais isotipos.
O auxílio dado pelos linfócitos T CD4+ às demais células imunes, como neutrófilos e macrófagos, também depende da coestimulação via CD40L e CD40. A baixa expressão de CD40L pelos linfócitos T leva a falhas na completa ativação dessas células, fato que pode explicar o histórico de infecções apresentado pelo paciente.
Pedro é portador de uma condição genética conhecida como síndrome de hiper-IgM, caracterizada por uma mutação recessiva no gene codificante para CD40L, localizado no cromossomo X.
Avançando na prática
Sobre o passado e o presente
Para avançarmos na prática, vamos acompanhar a história de Luciana, que acabou de saber que está grávida de seu primeiro filho e logo procurou um médico para iniciar o pré-natal. Entre os vários exames solicitados estava o teste sorológico para detecção de rubéola. Ao receber o resultado Luciana se assustou, pois indicava que ela era “IgG reagente” e “IgM não reagente”. Pensando estar infectada, ela rapidamente voltou ao médico para esclarecer o que estava acontecendo. Imagine-se no lugar do médico. Como você explicaria os resultados a Luciana? Ela realmente está infectada pelo vírus da rubéola?
Para explicar corretamente os resultados à paciente, você deve se lembrar de que IgM é o primeiro anticorpo secretado pelo linfócito B durante a resposta imunológica. Portanto, podemos dizer que é o marcador inicial de uma infecção. No decorrer da resposta, o linfócito B sofre a troca de isotipo, deixando de produzir IgM para produzir outra imunoglobulina mais adequada ao quadro infeccioso. Ou seja, a presença de anticorpos como IgG, IgA ou IgE e a ausência de IgM para determinado antígeno normalmente indicam infecção pregressa ou crônica, ou são resultados de vacinação.
Assim, você deve explicar que, na ausência de qualquer sintoma de infecção pelo vírus da rubéola, por ser negativa para a presença de IgM antirrubéola, ela não está infectada. A presença de IgG indica que Luciana tem anticorpos contra o vírus, provavelmente devido à vacina contra a rubéola, que faz parte do calendário de vacinação e cuja primeira dose é recomendada aos 12 meses de idade.
Essa foi fácil, não é mesmo?