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sem medo de errar
Para auxiliar sua equipe, você deve lembrá-los de que os testes padrão-ouro no diagnóstico das infecções bacterianas são aqueles baseados no isolamento e na cultura do agente causador da infecção, ou, ainda, em testes moleculares. No entanto, em alguns casos, o imunodiagnóstico auxilia, inclusive, na determinação da fase da doença. No caso da infecção pelo Treponema pallidum, causador da sífilis, o imunodiagnóstico baseia-se em testes de triagem, como os não-treponêmicos, e testes de confirmação, ou treponêmicos. Especificamente no caso dessa infecção, pode ocorrer o fenômeno da “cicatriz imunológica”, caracterizado pela persistência de resultados reagentes nos testes treponêmicos e/ou reagentes, além de baixa titulação nos testes não treponêmicos após o tratamento completo para sífilis, o que pode durar anos ou a vida toda. Esses resultados positivos não indicam infecção.
Avançando na prática
Reação explicada
Imagine que você foi convidado para integrar um projeto de pesquisa em tuberculose. A pesquisa visa a compreender melhor os mecanismos de escape do sistema imunológico apresentados pela Mycobacterium tuberculosis, buscando por tratamentos mais eficazes contra a doença. Por se tratar de um laboratório de risco biológico 3 e como você vai trabalhar com a cultura de M. tuberculosis, você foi orientado a realizar um teste de PPD (teste de tuberculina) antes de iniciar o trabalho na pesquisa. Ao receber o resultado, você se surpreendeu, pois, sem apresentar qualquer sintoma característico de tuberculose, o resultado foi positivo, com um endurecimento de 7mm de diâmetro. Como você interpreta esses resultados? Eles significam que você tem tuberculose?
Para compreender os resultados obtidos no exame, você deve lembrar-se de que a bactéria M. tuberculosis, assim como outras bactérias do mesmo gênero, pode induzir um quadro de hipersensibilidade tardia, caracterizada por eritema e edema local em pessoas infectadas, após o contato com antígenos da bactéria. Essa característica é utilizada na clínica para o controle da forma latente da tuberculose ou de quadros de infecção infantil. O teste de PPD baseia-se na inoculação intradérmica do antígeno tuberculina no paciente, seguida da medição, após 48h a 72h, da área endurecida formada. O teste de PPD apresenta baixo custo e é de fácil interpretação, porém, os resultados do teste podem ser confundidos pela identificação de micobactérias não tuberculosas (NTM), pela vacina Bacille Calmette-Guerin (BCG), pelo status imunológico do indivíduo, entre outros. Existe uma padronização para a interpretação dos resultados, de acordo com a qual: áreas de 0 – 4 mm são consideradas em testes como “não reatores”, sendo medidas associadas a indivíduos não infectados ou com hipersensibilidade reduzida; áreas de 5 mm – 9 mm são consideradas como “reatores fracos”, sendo associadas a indivíduos vacinados com a BCG ou infectados por M. tuberculosis ou outras micobactérias; e áreas > 10 mm são consideradas “reatores fortes”, associadas a indivíduos infectados por M. tuberculosis, que podem estar doentes ou não, além de indivíduos vacinados com BCG nos últimos dois anos.
De acordo com o resultado obtido, provavelmente trata-se de resposta vacinal com a BCG, na ausência de histórico de sintomas associados a infecções por micobactérias.